quarta-feira, 10 de março de 2010

PECareta

Desconstrói futuros, desmoronando presentes.
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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A Face Oculta do PGR

"O caso das escutas (FACE OCULTA) é um caso meramente politico e não um caso de polícia" (PGR)

Face Oculta dá origem a buscas na PT e Taguspark efectuadas pelo DIAP e Polícia Judiciária.

Será que as autoridades judiciárias e policiais leram mal o PGR. E acharam que a FACE OCULTA era um caso PULHÍTICO a tresandar a PULHICE?

quarta-feira, 8 de abril de 2009

A fome de Poder

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“E DIZEM QUE ESTOU GORDO” (José Sócrates, Primeiro-ministro)

O Poder é solitário
A Solidão é uma coisa muito pesada
Logo, o Poder engorda

Quem quer ser gordo?

domingo, 7 de dezembro de 2008

A luta dos professores explicada aos tótós

A causa das coisas

«... discutir, afinal, se um modelo de avaliação de professores deve ter quotas. O resto é politiquice». João Vaz

Alguém bateu no cerne da questão. Até aqui, andaram as duas partes a fazer de conta: o ministério nunca fez referência à questão das quotas nem os professores levantaram muito o véu sobre a fixação de quotas na avaliação: apenas 25% do professores podem ter avaliação de Muito Bom/Excelente.

Esta é uma questão fundamental e determinante que explica a luta dos professores. E que muita gente desconhece. Porque as quotas vão determinar quem vai ou não subir ao escalão superior. E isso faz mossa: no bolso e na auto-estima dos professores.
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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O aval do Estado ao BPP

Risco de contágio : "ideia peregrina que tenta, supostamente, prevenir um contágio que sabe que não pode acontecer” - Paulo Rangel

Defender a imagem : "o risco de não se coloca, visto que os operadores e credores externos, muitos dos quais a operar em Portugal, conhecem bem o tecido bancário português e as garantias das instituições - Paulo Rangel

Entregues à bicharada: "O que o Governo está a fazer é pegar na credibilidade do Estado e no erário público para resolver um problema de pessoas que decidiram investir em mercados financeiros" e " José Sócrates, é o representante destas gentes que manipulam o mercado financeiro em Portugal" - Eduardo Correia

O segredo das coisas: quem adivinhar qual o segredo das coisas ganha um chupa-chupa.

sábado, 29 de novembro de 2008

Ricos e pobres.

«Governo salva BPP para defender imagem de Portugal»
QUE LATA!!! QUE POUCA VERGONHA!!!

O Governo optou por socorrer o Banco Privado Português devido ao efeitos que a falência do banco teria na imagem de Portugal nos mercados externos, bem como a crise de confiança que acarretaria internamente, noticia o "Expresso".

O Dr. Pinto Balsemão, dono do Expresso, é o 2.º maior accionista do BPP. O saldo médio de um cliente tipo do BPP é de 1 milhão de Euros.

O BPP apostou em produtos de alto risco. Apostou e perdeu milhões com a crise dos mercados financeiros. Em dificuldades, pediu ajuda ao Estado. Um sindicato bancário (liderado pela CGD e Banco de Portugal) vai injectar entre 400 a 500 milhões de Euros GARANTIDOS PELO ESTADO: isto é, garantidos com o dinheiro de todos os portugueses.

«Os accionistas e gestores do BPP deviam ter tido cuidado com o que estavam a fazer. Não amealharam no Verão para sobreviver ao Inverno". Por isso, "o dinheiro dos contribuintes não deve ser usado para salvar grandes investidores. Se não também tem de salvar os pequenos» - Joe Berardo, dixit. Ah, grande Joe!

Patético !!! Escandaloso!!!! Defender a imagem de Portugal ou defender a carteira dos ricos e poderosos? Quando ganharam milhões os accionistas do BPP partilharam os lucros com os portugueses? Por que razão querem, agora, partilhar as perdas?

No país_do_faz_de_conta, para os muito ricos e poderosos abrem-se todas as portas . Para os outros batem-lhes com a porta na cara.

QUE RAIO DE DEMOCRACIA É ESTA?

domingo, 9 de novembro de 2008

Tudo é espectáculo: a vida é um circo


CHICAGO (2oo2) EUA.

Com Renée Zellweger, Richard Gere, Catherine Zeta-Jones, Lucy Liu e John C. Reilly.
Vencedor de 6 Oscars. Direcção de Rob Marshall

Ofeceram-me, hoje, este DVD

Duas mulheres transformam-se em estrelas mediáticas por causa de crimes cometidos

(qualquer semelhança com a nossa realidade é pura coincidência)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A CRISE (Parte IV)

O BES teve nos nove meses do 2008 um resultado líquido de 334,8 milhões Euros

Uma crise nunca vista na minha geração” - Ricardo Salgado (dono do BES)
É impossível prever qual vai ser a profundidade desta crise”.
O responsável estima, no entanto, que o final de 2008, início do próximo ano, marcará o começo “da recuperação da situação internacional”.

Este Senhor faz rir os portugueses.
Porque é que este Senhor não vai para um circo?
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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A CRISE (Parte III)

Nada se perde, nada se cria. O dinheiro, apenas, mudou de bolso

O Banco de Inglaterra prevê que as perdas sofridas pelos bancos, pelas seguradoras e pelos fundos de investimento em todo o mundo podem atingir 2,2 biliões de euros (milhões de milhões), devido à crise financeira.

Segundo o Relatório sobre Estabilidade Financeira elaborado pelo Banco de Inglaterra, citado pela «Lusa», nos Estados Unidos as perdas passaram de 739 mil milhões para 1,57 biliões de dólares e na Europa de 344 mil milhões para 785 mil milhões de euros.

Os títulos de participação (em activos imobiliários) detidos pelas instituições financeiras e pelos fundos de investimento passaram, de repente, não a valer milhões mas a valer tostões.

Mas muito desse dinheiro foi canalizado sobretudo para o sector da construção dos EUA: as casas existem, os empreiteiros e todas as actividades económicas conexas floresceram. O resto é especulação financeira: muitas instituições financeiras compraram activos por valor muito superior ao seu valor real. Mas se elas compraram esses activos alguém os vendeu.

Não será assim?

Ou muito me engano ou anda muita gente a ganhar dinheiro com esta CRISE faz de conta.
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domingo, 26 de outubro de 2008

A crise explicada aos tótós

Dezenas de milhares de hipotecas de pequenos bancos locais americanos foram compradas por bancos globais. Estes encapotaram-nos em títulos de participação de fundos imobiliários.

Estes fundos de particpação, classificados criminosamente (mas ainda ninguém foi preso) com o risco de crédito AAA (o top do rating , isto é, de baixo risco) pelo Moody's ou pela Standard & Poors ou pela Fitch (as 3 maiores entidades mundiais de rating - classificação do risco do crédito) foram depois vendidos a fundos ou a outros bancos em todo o mundo que ingenuamente acreditaram que estavam a comprar títulos classificados como AAA (de baixo risco de incumprimento). Ora, parte daqueles títulos, com taxas de rentabilidade acima do mercado, respeitavam a hipotecas sub-prime (de alto risco de incumprimento).

Os lucros nos últimos 7 anos dos maiores bancos mundiais foram colossais. De tal modo eram espantosos os lucros destes bancos que pouco se importaram de verificar se o que compravam eram créditos (títulos) de baixo, médio ou alto risco.

Em 26 de Julho de 2008 (quinta-feira negra) o pânico e o medo tomaram conta dos operadores das bolsas mundiais quando se aperceberam das quedas bruscas das vendas de casas novas e usadas nos EUA, associadas aos aumentos sem precedentes do preço do petróleo.

A título de exemplo, no maior e mais caro mercado imobiliário do país, a Califórnia, as execuções de hipotecas imobiliárias subiram 799%, entre 01 de Abril e 30 de Junho deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Cerca de 17.408 imóveis foram entregues às instituições de crédito no último trimestre. A taxa de incumprimentos subiu 158% em todo o estado da Califórnia durante o mesmo período.

Só para se ter uma ideia dos montantes envolvidos, diga-se que as duas maiores instituições de crédito hipotecário dos EUA colocaram no mercado 6 milhões de milhões (biliões) de USD de títulos, titularizando créditos imobiliários, comprados por fundos e bancos de todo o mundo.

Moral da história: o mundo inteiro vai financiar o crédito malparado imobiliário dos EUA , motor do seu crescimento económico e fonte de lucros chorudos das empresas ligadas ao sector da construção dos EUA, durante os últimos anos.

Depois da tempestade passar, quem se vai ficar a rir, quem é?

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A CRISE (Parte II)

A partir de agora, porém, o Governo disponibiliza aos bancos dinheiro dos nossos impostos. Significa isto que eu, como contribuinte, sou fiador do banco que é meu credor. Financio o banco que me financia a mim.

Não sei se o leitor está a conseguir captar toda a profundidade deste raciocínio. Eu consegui, mas tive de pensar muito e fiquei com dor de cabeça.

Ou muito me engano ou o que se passa é o seguinte: os contribuintes emprestam o seu dinheiro aos bancos sem cobrar nada, e depois os bancos emprestam o mesmo dinheiro aos contribuintes, mas cobrando simpáticas taxas de juro.

A troco de apenas algum dinheiro, os bancos emprestam-nos o nosso próprio dinheiro para que possamos fazer com ele o que quisermos. A nobreza desta atitude dos bancos deve ser sublinhada.

(Ricardo Araujo Pereira dos Gatos Fedorentos)

sábado, 18 de outubro de 2008

A CRISE

Somos massacrados diariamente com a crise financeira. Mas, ao certo, ao certo, ninguém sabe o que é e ninguém a sente (verdadeiramente ainda não se sente).

Dizem que é uma crise do crédito malparado. Mas os donos do bancos (ou os lacaios que os donos dos bancos colocaram lá) clamam em alta voz que não senhor: os bancos deles não estão em crise e que isso do crédito malparado é algo de tão insignificante que não lhes tira o sono (mas nós sabemos que eles dizem isso para ninguém se lembrar de tirar de lá o seu dinheirinho).

Ora, aqui há gato (com rabo de fora).

Se os bancos estão, assim, tão saudáveis, por que carga de água nenhum deles empresta dinheiro a outro (daí as taxas Euribor terem subido tanto) ?

Se os bancos estão, assim, tão saudáveis, por que carga de água foi aprovado um diploma legal (em tempo record) em que o PR demorou apenas 20 minutos para o promulgar (inédito em Portugal) a avalizar os empréstimos interbancários até 20.000.000.0000 de Euros?

Meus amigos a crise financeira, como muitos apregoam, é uma crise de falta de confiança. Não de falta de confiança nos actuais balanços bancários mas no futuro. Todos sabemos que os bancos emprestaram milhares de milhões de Euros em crédito (ao consumo, à habitação, etc.) a pessoas ou a empresas, sem possibilidades de pagar, por pura avidez de lucro fácil e sem acautelar as consequências.

E o que se teme é que, no futuro , os particulares deixem de pagar as suas dívidas, as empresas deixem de pagar as suas dívidas e com isso arrastem todo o sistema financeiro para o abismo. Essa é a crise actual.

Pois bem. E o que fez o (des)governo? Ao avalizar os empréstimos interbancários vai acabar por ficar com o menino nas mãos (se houver incumprimento por parte de algum deles): no limite o governo poderá ter de ficar com os bancos donos das casas que ninguém quer e donos de empresas falidas . É isto o que pode acontecer no futuro.

E de onde vem esse dinheirinho milagroso par salvar o sistema financeiro? Do Orçamento do Estado, claro. Do bolso de todos nós.

Em conclusão: vamos ser nós todos a pagar os carros de luxo, os iates de luxo, as férias nos Varaderos paradisíacos, os lucros chorudos das empresas de construção civil que venderam casas a quem não tinha possibilidades de as pagar, etc, etc. A bem da manutenção do sacrossanto e intocável sistema financeiro: que financia as empresas de construção civil que, por sua vez, financiam os partidos políticos.

Já entenderam, agora, o alcance da crise actual?
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quarta-feira, 20 de agosto de 2008

O ACP diz o mesmo que aqui foi escrito há dias

O Automóvel Clube de Portugal (ACP) alertou esta quinta-feira para o facto do mercado de combustíveis dar azo a algumas disparidades ao nível de preço.

Numa análise de evolução dos preços durante o ano de 2008, a instituição concluiu que o barril do petróleo ao mesmo preço não implica que o preço a pagar pelos combustíveis seja idêntico.

«Sendo que a cotação do crude (euro/barril) em 19 de Maio e 28 de Julho de 2008 foi praticamente idêntica - 80 euros por barril, o certo é que o preço na bomba do diesel (euro/litro) foi de 1,358 e 1,417 euros/litro respectivamente, o que se traduziu num aumento da margem de comercialização e distribuição de 6 cêntimos euro/litro nessas mesmas datas», refere o ACP.

Quanto à gasolina 95, concluiu-se o mesmo, mas o diferencial nas datas foi de 5 cêntimos/litro.

Algo que leva o clube a avançar que «a frequência e quantitativo da actualização dos preços (quer na alta quer na descida) é claramente desigual».

(no meu post, de 06/08/2008, disse que o gasóleo estava mais caro cerca de 6 cêntimos)
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quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Este país é uma anedota pegada

Viram o que e passou com a divulgação dos resultados da GALP no 1.ºSemetre de 2008 ? Repararam bem no discurso do Presidente do Conselho de Administração?
Isto não é esconder o Sol com a peneira.
Isto é um atentado à inteligência de todos os portugueses.

Claro que entendemos que não era politicamente correcto divulgar resultados chorudos. Mas o Relatório & Contas era um gato escondido com rabo de fora. De tal forma que a cotação da GALP subiu, no dia de hoje, 17%. E só não subiu mais por razões técnicas.

Eu, se pudesse, prendia-os a todos.
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quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Os gestores da Galp para a e-Escolinha, já!

No início de Maio do corrente ano o Brent do Mar do Norte, a referência para Portugal do custo do petróleo ( e dos combustíveis), estava cotado a cerca de 120,00 USD.
O gasóleo era vendido nos postos de abastecimento da GALP a cerca de 1,30 Euros.
Actualmente, a cotação do Brent do Mar do Norte oscila à volta de 120 USD (já bateu, hoje, nos 117 USD). E o gasóleo baixou na GALP, ontem, para 1,364 Euros.
Entretanto, houve a baixa do IVA de 21% para 20% e a desvalorização do dólar (nada despicienda, malgré tout as recentes valorizações).
Apesar disso, o gasóleo está na Galp 6 cêntimos (12 Escudos) mais caro que em Maio do corrente ano.

Alguém consegue explicar isto?

Para mim só há uma explicação: os gestores da GALP têm de voltar à e_Escolinha, e aprender a fazer contas de matemática. Nem que seja com a ajuda do portátil Magalhães
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sábado, 17 de maio de 2008

Turismo Sexual a Cuba (sim, que os olhinhos também comem!)

Bem hajam, Senhores Presidentes de Câmara!
Finalmente, os (ir)responsáveis deste país perceberam que as velhinhas e os velhinhos carenciados também são gente.
E que o voto deles vale como um voto no dia das eleições.
Foi preciso alguém atirar uma pedra ao charco para, agora, aquelas cabecinhas ocas da gentalha que nos governa compreender que os cuidados médicos não são um negócio.
Mas um direito, constitucionalmente reconhecido: o direito à saúde e à vida.
Sim, porque ver é viver!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Turismo oftalmológico a Cuba

O líder do CDS/PP garantiu que as Misericórdias dispõem de 15 hospitais «capazes de fazer mais três mil cirurgias por mês a um custo duas ou três vezes mais económico que fazê-las em Cuba».

"Eu percebo a preocupação deles e sei porque há listas de espera tão grandes em Portugal. É que por cada operação no privado cobram cerca de dois mil euros" - médico oftalmologista espanhol comentando as declarações de vários reponsáveis políticos sobre a vantagem/necessidade de se acabar com turismo oftalmológico a Cuba, incluindo a Ministra da Saúde.

É verdade que os autarcas que levam os doentes idosos e carenciados para serem tratdos em Cuba, não o fazem por razões humanitárias mas por razões eleitoralistas.

Mas, também, é verdade que quando os fins não justificam os meios, os meios podem justificar os fins.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

QUEIMA DAS FITAS - Maio 2008

Escrevi na Fita dela:

Maternidade Alfredo da Costa. Dez horas da manhã do dia 11/09/1984.
Dormias profundamente. O descanso da guerreira, depois de uma luta titânica para veres a luz do dia.
Nasceste a lutar e a lutar continuaste pela vida fora.
És uma mulher determinada, voluntariosa e corajosa que luta pelos objectivos que fixa a si própria. E, como detestas a mediania, os teus objectivos sempre foram muito altos.
Não gostas de ser contrariada. Quando eras pequeninas e eu ia buscar-te, ao fim da tarde, ao Colégio Marista, adorava contrariar-te e deixar-te brava. E tu batias-me. E não era no sentido figurado do termo. Batias-me a sério e eu escangalhava-me a rir contigo.
Estavas linda de morrer, naquela festa, quando actuaste como bailarina no cinema Sá da Bandeira, no teu vestido de organza azul-bebé. Lembras-te?
Tenho saudades dos passeios e dos piqueniques que fazíamos no campo. Ainda te recordas daquele coelho assado que «Está seco, mas é bom!».
Tenho saudades das férias. De brincar contigo na água. De te ensinar a nadar na piscina do Country Club da E….. do D…... Um dia disseste-me: «Pai, tira-me a bóia que eu sei nadar sozinha!» E eu nem queria acreditar. Corajosa, começaste a nadar como um peixinho. Elegante. Uma mulherzinha em ponto pequenino.
Tenho saudades de, vezes sem conta, sem eu contar, me vires abraçar e dar um beijo. Lembras-te?
Tenho saudades dos tempos em que vinhas para a nossa cama e te deitavas entre nós os dois: a tua mãe e eu.
O nascimento do teu irmão foi para ti uma grande alegria. Não sentiste que ele fosse ocupar o teu lugar. A inveja é um sentimento que não liga bem contigo. Gostas de dar e ajudar os outros.
Adoras o teu irmão. Preocupas-te com ele. Sofres por causa dele.
E como ele gosta de te moer o juízo! E tu já nem te ralas de o ouvires constantemente dizer: «Escrava, tu só entraste em medicina porque foste para o Colégio Ribadouro para aumentar a média!».
Olha que ele adora-te! Tu és a heroína dele perante os seus amigos. E não perde a ocasião para espalhar por onde passa que tu és um génio.
És um génio, meu amor. És uma filha genial. Serás sempre para ele, para a tua mãe e para mim.
Fazes amizades com facilidade. As tuas amigas gostam sinceramente de ti. E o teu namorado adora-te.
Sei que vais ser uma grande médica. Pelos conhecimentos que adquiriste mas sobretudo pelas qualidades que possuis como pessoa: altruísta e determinada.
Felicidades.
Faz o favor de ser feliz!

domingo, 23 de março de 2008

Informatização da Justiça

Tanto quamto me é dado conhecer, gastaram-se já somas consideráveis de dinheiro na informatização da JUSTIÇA para tornar mais célere e expedita a tramitação processual. E os processos andam a passo de caracol desde a nascente até ... à fo_ssilização.

Longe de mim criticar os grandes «players» nacionais e internacionais de software que andam à impingir os seus produtos junto dos vários ministérios. Eles fazem pela vida deles ... e sabem ser muito convincentes.

O que se critica é a falta de discernimento dos decisores em adquirem programas informáticos inadequados: ou inadequados aos objectivos pretendidos ou inadequados porque os destinatários (operadores) não estão aptos a lidar e a tirar partido deles.

Exemplos: em muitas secretarias judiciais as capas dos processos continuam a ser PREENCHIDAS À MÃO (e não de forma automática); e a correspondência (v.g. endereços dos vários intervenientes processuais) NÃO É PREENCHIDA DE FORMA AUTOMÁTICA (mas na máquina de escrever inteligente*).

Ora, com uma mera Base de Dados em ACCESS (ou noutro formato) , com custos irrisórios, consegue-se automatizar muitas tarefas morosas e até chatas para quem as executa.

Já alguém se lembrou de fazer, junto das secretarias judiciais, um levantamento das tarefas que poderiam ser automatizadas, com vantagens incomensuráveis no que respeita ao tempo e ao esforço de execução?

Para que servem o programas pesados (dos peso pesados do software) e caros se não conseguem automatizar as tarefas mais corriqueiras, mas nem por isso menos custosas e morosas, de todos os agentes judiciários, nomeadamente das secretarias?

*computador

quarta-feira, 19 de março de 2008

Reforma do mapa judiciário

«Este novo modelo contribui para a homogeneização da resposta judicial em todo o país».

«Em simultâneo, assegura a manutenção da proximidade da Justiça aos cidadãos»

Homogeneização da resposta judicial?

Como? Pode repetir?
Será que a justiça, em Portugal, vai finalmente entrar na era da robotização e automação industrial em que os agentes judiciários são meras marionetas comandadas por alguém nos bastidores?

Como se assegura a manutenção da proximidade da Justiça aos cidadãos, quando as actuais 231 circunscrição de base (comarcas) são agregadas em 31 circuncrições base?

Importa mudar alguma coisa para ficar tudo na mesma.

A causa da coisa (da crise da justiça) não está no facto de haver tribunais com muito volume de trabalho e outros com pouco volume de trabalho. Se essa fosse verdadeiramente a causa da crise a solução era simples: bastava uma correcta e melhor racionalização dos escassos, desmotivados e impreparados recursos humanos existentes.

A verdadeira causa do estado lastimoso da justiça em Portugal é esta e só esta: alguns agentes judiciários não fazem o trabalho de casa, chutam para canto em vez de chutarem para a baliza a tentar meter golos. Porque meter golos (= decidir os processos) exige algum (bastante) esforço.

E chutar para canto (=autorizar diligências meramente dilatórias ou matar os processos de qualquer jeito) não exige esforço nenhum.

E enquanto a lei permitir a apresentação de recursos em contínuo, à conta de princípios sem qualquer princípio (nem meio nem fim), a crise da justiça manter-se-á.

Pior que uma má (menos boa) decisão é não haver decisão nenhuma.

Enquanto os agentes judiciários não entenderem isto e se consciencializarem disto nunca se fará JUSTIÇA à INJUSTIÇA de não se fazer JUSTIÇA.